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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Baldio

Não pude escapar e quando me dei conta já estava quase me afogando.
Da chuva não se foge, e por isso eu nem olhei pra trás afinal eu sabia
que flechas me atravessariam caso eu ousasse, sim, era uma ousadia
mas isso eu não entendia muito bem, não questionei nada, apenas
implorei para viver.
Durante esse percurso eu via os mesmos rostos, me assustei com
tanta precisão. Eu vivia num cubo, ao redor era branco e onde meus
olhos não viam, simplesmente não existia e a escassez de pessoas
desse cubo fazia com que elas trocassem de posição a todo momento:
o motorista de ônibus de agora, ali a diante era um pipoqueiro.
Me lançavam olhares intrigados, acho que agora eles sabem que eu
descobri que tudo isso é uma mentira, estavam assustados e vão
se comunicar com o chefe para fazer com que minha mente
vire nuvem novamente, pois quando começou a chover aqui,
muita coisa ficou clara.
A viagem foi longa e uma hora esperar se torna insuportável,
quero tanto colocar os pés no chão, mas quando a espera
me atormenta a minha vontade é afundar-me na terra
fofa do meu jardim extinguido e dar vida as flores de verão.
Tudo bem, pensar demais não alivia, mas que chegue meia-noite
pr'eu começar o meu dia, tenho motivos não muito sóbrios para
isso.
Você faz com que eu transforme todo meu bronze em
ouro, percebi isso depois de quarenta minutos de
perseguição, quando as flechas voltaram eu estava
próxima de minha casa, as nuvens escuras me diziam
pr'eu correr o mais rápido que eu pudesse,
me deixei levar e forcei a porta errada, não era
minha casa, nem a sua, não era de ninguem,
nem era mesmo de uma casa.
Veja bem, no meio de um terreno baldio
havia uma porta que não levava a lugar nenhum,
preciso de certezas para atravessa-la, era assim
que eu te via nesse exato momento.
Eu a abri, pude ver uma linda sala,então eu a fechei
e não pude ver mais nada, antes de entrar
quero acreditar que essa porta me pertence
como eu pertenço a ela.
Me recolhi e guardei meu eu-secreto numa
caixinha vermelha que eu nao sei como tinha nas
mãos, parecia bem segura, eu só não queria me expor
demais por isso tive que me esconder ali,
mas deixei um pouquinho de mim em mim,
pr'eu não ficar descaracterizada demais.
Meus pés começaram a ficar quentes, eu por
inteira fui tomada por um calor sem medida,
prestes a explodir em sorrisos quando recebi
um pensamento colorido do céu escurecido,
foi improvável!
Acordei assustada depois, mal percebi que cheguei e dormi,
de tão surreal que tudo me pareceu, mas tudo bem novamente,
cruzei os braços e pensei em te ligar, realmente liguei
porém ninguém atendeu, assim que ouvi sua voz
deixei uma mensagem:
Me espere na estação 77 assim que a chuva passar,
estarei segurando uma cesta de frutas pra sangria
surpresa que vou preparar, não esqueça de se levar
à meia noite...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

a volta do sol seria antiquada?

A doença é boa, enquanto me consome e me encanta. Da janela eu
imagino tudo enquanto o céu muda de cor só pra me agradar.
A volta do sol não seria antiquada :)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Confusão igual e diferente de segundas-feiras imaginárias.

Meses de mistério para isso, gosto de lichia enquanto eu assisto a vida passar
do apartamento dos seus olhos sempre tão distantes e invisíveis.
Eu estou em tantos lugares que me esqueci
deste detalhe, enquanto você passava.
Claro, foi sempre minha culpa. Estava correndo por aí, esperando por isso,
esperando por tudo e até agora esperando para a porta abrir e finalmente
você sorrir dizendo que me encontrou, sendo que na verdade
eu sinto o contrário. Mas nunca te vi, distraída e até mesmo inconsequente.
Eu derrubei o pote de vidros no chão, embora espalhem por aí
que eu fiz de propósito,
Tudo bem, isso faz muito tempo. Eu sempre pensei que fosse mentira,
apesar de sempre tentar decifrar todos os sinais, como pegadas pr'um
mundo que a muito tempo busquei. Sim, é o coringa da ilha distante.
Eu ainda sou humana, mas anseio me tornar parte deste baralho,
que a ilha exploda, que a terre ceda, mas que ele não se despedace
diante de mim, como tudo que achei ter criado.
A flor do jardim mais alto me impede de ver a lua, a luz, eu não posso
escalar, eu devo ficar no abismo, eu devo me esconder? eu devo fugir
antes que aconteça o pior. Melhor deixar tudo cinza enquanto eu ainda
consigo respirar.
Levou tanto tempo, todo tempo do mundo. E eu vou contar simplesmente,
porque não gosto de esconder os fatos:
Ela se apaixonou por ter comido as cerejas que ele deixou pelo caminho,
ela só estava com fome, nem sabia o que iria encontrar, até que
se encontrou sob seus pés. Ele havia planejado tudo? Infelizmente,
a última estava envenada, ela não podia ter ido tão longe.
Pronto. Ela acordou, e agora não sabe o que fazer. Me ligou aflita,
e me falou durante três horas e três minutos sobre seus medos.
Eu fiz o melhor que eu pude e horas depois soube que ela pulou
do último andar do prédio em que vocês não se viram pela
primeira vez.

Bem, faltam algumas páginas pr'eu terminar o Bonjour Tristesse de
Françoise Sagan e antes d'eu devolvê-lo vou marcar
as frases que eu gostei do livro:

(...) Il me tenait serrée contre lui, soulevée, la tête sur son épaule.
En ce moment-là, je l'aimais. Dans la lumière du matin, il était
aussi doré, aussi gentil, aussi doux que moi, il me protégeait. Quand
sa bouche chercha la mienne je me mis à trembler de plaisir
comme lui et notre baiser fut sans remords et sans honte,seulement
uma profonde recherche, entrecoupée de murmures

(...) Pour la consoler, une idée cynique me vint, qui m'enchanta
comme toute les idées cyniques que je pouvais avoir: cela me
donnait une sorte d'assurance, de complicité avec moi-même,
enivrante.

(...) Les baisers s'épuisent, et sans doute s'il m'avait moins aimée,
serais je devenue sa maîtresse cette semaine-là. (...)
Je me rappelle encore le goût de ces baisers essoufflés,
inefficaces, et le bruit du coeur de Cyril contre le mien en
concordance avec le déferlement des vagues sur le sable...Un,
deux, trois, quatre battement de coeur et le doux bruit sur le
sable, un, deux, trois...

(...) J'acquérais une conscience plus attentive des autres, de moi-même.
La spontanéité, un égoisme facile avaient toujours été pour moi un
luxe naturel.

(...) Je sais, dis-je. Moi, je suis le jeune être inconscient et sain, plein
de gaieté et de stupidité.

(...) J'avais la même impression que lorsque le sable s'enfuyait sous
moi, au départ d'une vague: un désir de défaite, de douceur m'avait
envahie et aucun sentiment, ni la colère ni le désir, ne m'avait
entraînée comme celui-là. Abandonner la comédie, confier ma vie,
me mettre entre ses mains jusqu'à la fin de mes jours. Je n'avais jamais
ressenti une faiblesse aussi envahissante, aussi violente. Je fermai
les yeux. Im me semblait que mon coeur cessait de battre.

(...) Un jour, j'aimerais quelqu'un passionnément et je chercherais
un chemin vers lui, ainsi, avec précaution, avec douceur, la main
tremblante...

(...) J'aperçus au fond de la mer un ravissant coquillage, une pierre
rose et bleu; je plongeai pour la prendre, la gardai toute douce et usée
dans la main jusqu'au déjeuner. Je décidai que c'était un
porte-bonheur, que je ne la quitterais pas de l'été. Je sais pas pourquoi
je ne l'ai pas perdue, comme je perds tout. Elle est dans ma main
aujourd'hui, rose et tiède, elle me donne envie de pleurer.

(...) Je ne sais pas ci c'était de l'amour que j'avais pour lui en ce moment-
j'ai toujours été inconstante et je ne tiens pas à me croire autre que je
ne suis - mais en ce moment je l'aimais plus que moi-même, j'aurais
donné ma vie pour lui.

(...) Le soleil se décrochait, éclatait, tombait sur moi. Où étais-je? Au fond
de la mer, au fond du temps, au fond du plaisir...


(...) Mon corps le reconnaissait, se retrouvait lui-même, s'épanouissait
contre le sien. Je l'embrassai passionnément, je voulais lui faire mal, le
marquer pour qu'il ne m'oublie pas un instant de la soirée, qu'il rêve de moi,
la nuit. Car la nuit serait interminable sans lui, sans lui contre moi,
sans son habileté, sans sa fureur subite et ses longues caresses.

(...) Je ne me plais pas. Je ne m'aime pas, je ne cherche pas à m'aimer.
Il y a des moments où vous me forcez à me compliquer la vie. Je vous
en veux presque.

(...) Tu te trouves odieuse? Dors plus, bois moins.

(...) Nous étions de la même race, lui et moi; je me disait tantôt que
c'était la belle race pure des nomades, tantôt la race pauvre et
desséchée des jouisseurs.

(...) Mais je n'aime pas cela, de devoir recourir aux déficiences de
ma mémoire, à la légèreté de mon esprit, au lieu de les combattre.
Je n'aime pas les reconnaître, même pour m'en féliciter.

(...) Seulement quand je suis dans mon lit, à l'aube, avec le seul
bruit des voitures dans Paris, ma mémoire parfois me trahit:
l'été revient et tous ses souvenirs. Anne, Anne! Je répète ce
nom très bas et très longtemps dans le noir.
Quelque chose monte alors en moi que j'accueille par son
nom, les yeux fermés: Bonjour Tristesse.


-Aliás, acabei de terminar :)

sábado, 12 de dezembro de 2009


Tablet e Revista :D

Mil gatos.Três fatos.

Desenhei e pintei no illustrator usando a tablet.
É muito bom desenhar com ela jajaja :D

1º Hoje fico longe
2º Ainda não sei onde
3º Fome? Sim.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sexta

Voce escorre pelo meu telhado como as gotas de chuva, nao pisou
em falso jamais, sempre foi eu quem caia.
Pela janela, ninguem pode me ver mas é exatamente esses que eu
temo, essa doce ilusão de solidão me assusta.
Parem de rir de mim por um segundo, vocês também já foram
fantoche de alguém.
Tão monótono quanto viver é estar do outro lado assistindo,
sem cor, sem nada. Nunca temos nada, ainda mais quando
paramos pra refletir sobre.
Não há mais gosto de beijos nos lábios, o toque desapareceu e nem
marcou minhas mãos, poderia marcar pr'eu poder acreditar que
foi real. Está faltando alguma coisa, eu sei, talvez seja eu mesma.
Sempre a mesma dúvida em relacão a mim mesma.
Tudo bem, eu te seguirei e quando a ponto se desfizer diante
dos nossos olhos imaginários eu poderei acreditar que não há como prosseguir, você pula comigo ou voamos pra outro lugar?
Continua monótono, se não existirmos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O poço.

Desde então o caminho mais longo começou a ser feito,
seu relógio trocou de lugar, suas lembranças foram
enterradas no jardim, não para esquecê-las,
mas pelo simples fato de ser o lugar mais seguro para
permanecer, visto que em sua cabeça isso causava
efeitos danosos.
Se perguntava: De que adianta o sol, a lua o vento? Já que o lugar em si
não interessa e os componentes desse cenário
não cumprem seu papel no meu mundo paralelo.
Nada mais é bom para sua saúde, resta deitar, não dormir, mas somente
agonizar até que o corpo canse
se levante e tente fazer algo para mudar.
Se fosse indolor ela teria aplicado mais vezes, para se livrar,
sempre se livrando, enquanto vai passando tão rápido e apagando seu
rastro, e tudo isso por quê? Para não ter do que se lembrar,
nunca mais.
Até que uma voz te diga: Não se preocupe, eu farei o meu
melhor para te controlar.
Essa voz veio do fundo de um poço de pedras cinza chumbo,
bem ali adiante, quase no meio de uma floresta, densa e sombria.
Sem forças ela olha,pensa em cair nos braços do eco,afinal no fundo do poço
deve ter algo mais concreto do que a realidade ao redor: Pule!
Queda leve, pausada, quase um voo calmo e totalmente sem destino: Leve
e não traga, pois isso estraga a visão do mundo que eu tenho.
Gentilmente o eco leva, ela cai em seus braços suavemente,
suas lembranças transbordam enquanto o eco as suga e mata.
Vazia porém feliz, agora ela consegue enxergar tudo de uma forma diferente,
as mãos já não tampavam o olho de sua alma. O mundo era visível,
e do fundo do poço ela viu uma luz, em seguida viu sombras.
Eles sim estavam perdidos e talvez a procurassem, por isso antes que
as sombras decidissem descer ao fundo do poço, ela começou
a deslocar as pedras, afim de encontrar no mundo subterrâneo forças
para continuar a viver. O eco se foi, repetiu que ia abandona-la,
exatamente depois de livra-la de todo o mal.
Sem medo, ela continuou seguindo pelo túnel que formou. Recolocou
as pedras atras de si, para não ser achada. Pois naquele mundo ela
não existiria mais. E se foi...

domingo, 29 de novembro de 2009

Foi em uma manhã nem tão qualquer assim, que Lauren teve que acordar muito,
mas muito cedo. Sua tia iria viajar, mas não era uma viagem comum,
visto que ela tinha encontrado o bilhete de ônibus na rua e acreditou
fielmente de que aquele era um sinal.
Um sinal ou uma fagulha de esperança, que havia renascido depois
de anos adormecida, mas esse era um segredo que sua tia jamais revelou.
Lauren estava ainda sonolenta porém precisava levar sua tia até
a rodoviária, foi de pijama mesmo, sem se importar com nada.
Ao sairem da casa, Lauren ficou hipnotizada com o céu, mais uma vez.
Sua tia Marie a gritou para ir logo, afinal ela já havia aberto o porta-malas,
estava ansiosa com sua viagem, embora não soubesse ainda nem aonde iria
dormir. Marie olhou para a janela, onde sua gata San a observava através do
vidro, começou a chover, San fechou os olhos e aparentemente dormiu,
talvez desejasse estar em outro lugar ou talvez gostasse muito de dias assim.
Lauren pensou: Não se preocupe, eu já volto para ver a chuva com você, se
eu não me perder no caminho!
Ao entrar no carro, e sair da garagem Lauren pensava sobre o que poderia
acontecer com sua tia, mas não podia pensar tanto assim, senão não
ia aproveitar o tempo raro em que estaria totalmente sozinha, fisicamente
falando.


(...) continua.

domingo, 15 de novembro de 2009

Primeiro vetor.


Mudo e incolor, você me diz coisas somente através dos pesadelos, em que
incansavelmente você se pergunta: O que está acontecendo?!
Bem, estamos aqui novamente, sem acreditar. Ah, abri os olhos.
Já mudou tudo de novo. Distância e tudo que eu nunca quero
saber. Eu nunca vou entender o que você pensa e ousar adivinhar
é muita pretensão, esse universo é invisível para mim.
Em um gole o líquido some de meu copo, totalmente, sem deixar uma
gota, nem ao menos o cheiro. Essa tendência das coisas desaparecem
com o excesso, o anseio de tê-las não me agrada.
Faço analogias, às 01:15 da manhã. Esse mundo descartável me
cansa...




Obs: Foi o primeiro vetor que eu fiz, de mim mesma. Assim,
como eu sempre tive vontade de fazer. Não ficou tão bom,
mas eu gostei. Valeu pela iniciativa (minha!).

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma noite a lua caiu, a rua estava vazia, embora sua sombra
continuasse relutante a me seguir.
embora os sons, os passos e até mesmos os sorrisos
continuassem presentes...
presentes descasos, total insegurança,
tanta saudade do que nunca vai voltar.
Continuo a olhar a janela, examinando a distância
que você estaria percorrendo caso estivesse voltando pra
sua casa.
Tão próximo e tão distante, me deu vontade de sorrir.
mas não o suficiente pra acreditar que tudo isso
será teletransportado para a realidade.
Loucura ou não, estamos pensando coisas diferentes agora(...)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quinta quieta bem longe daqui mesmo.

Diz. Quis. Fiz. Quebrou tudo e não disse nada.
Depois ficou parada, olhando o instante se
despedacar.
Depois disse não: Que não foi bom e tudo mais.
Nunca mais me deixou em paz.
Sempre a fez correr atrás, do vazio, do segundo perdido
e nem um pouco arrependido disse: Vá embora!
Ela foi. Não voltou por 700 dias. Desligou
o telefone, derrubou caramelo no tapete e
acenou pras nuvens negras que chegavam para
inundar a cidade. Falou com o espelho, mil vezes
se dando conselhos, mil e três vezes desobedecendo
todos eles.
Disse o que disse e fez o que todo mundo esperava,
engoliu choro e quase morreu engasgada com isso.
Foi assim que numa tarde de meio sol, meio nuvens
cinzentas, ela ouviu bem longe, algo que seria
imperceptível se ela não estivesse tão entediada como
agora: uma campainha, cujo som diferente a fez
imaginar toda uma história de amor.
Uma reconciliacão num dia desses não seria nada mal,
eles poderiam discutir enquanto haveriam trovões e
relâmpagos e se reconciliarem no anoitecer, quando o
céu estivesse arroxeado, rosado, azulado, todo degradê.
Nem noite, nem tarde. No limiar. Onde os lábios finalmente
poderiam se encontrar depois da chuva. Ou durante a chuva?
Agora a campainha tocou, em sua casa. Dessa vez, com ou sem
tédio ela iria escutar: ensurdecedora. Era como se a campainha
tivesse vida própria e fosse uma velha bruxa, ranzinza e
insistente. Não, não seria ninguem, ninguem para mim.
Alguém, mas é só isso.
Todo sonho se desvaneceu, provavelmente nada assim
estaria acontecendo, ou sim?
Inclinada para o pessimismo, acreditou fielmente no
desastre. Todas as campainhas eram insignificantes
e a tarde seria igualmente desgostosa, em todas
casas.
Irritada e até mesmo cansada, fechou os olhos,
sem atender a campainha, sem atender
as suas vontades, sem ao menos viver:
morreu ali mesmo, na beira da janela.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ventila



Ventila dor, para todos lados e a todo instante.
Esse lugar emana tudo que eu não posso mais ter,
todos momentos foram congelados, preservados com
sua mais pura essência,porém estão do outro lado
desse mar de segundos aglomerados, o tempo me
separa da minha época mais bonita.
Parecia tão presente, inacabável mas se foi
e deixou vestígios, deixou tudo e acabou não
deixando nada.
Nem as ruas são as mesmas e eu nunca mais
encontrei libélulas no chão, para imortaliza-las
num pote cheio de alcool. Pronto, está ali
para quase todo sempre, mas sem vida,
intacta com sua mais pura beleza.
Isso me diz tudo, mas também não me diz nada.
O mundo me dá saudade, estou aqui e também não
estou, mal deixei um segundo ( ou será que fui deixada
por ele?) e já estou me sentindo só. Uma frustração
eterna. Deitar e dormir, levantar dormindo
e passar o dia dividida, entre a terra e o mundo
dos sonhos e pesadelos.
Nem dá vontade de existir, se for pra viver assim,
se é que isso é vida.
Eu estou atormentada com o calor entorpecente,
de um dia que comumente eu estaria na sombra,
deitada no colo morno daquele que acreditava
que eu podia voar com três pulinhos, no meio do nada,
no meio da rua e da madrugada.
Nesse instante o vento balança as roupas no varal,
eu já vi isso muitas vezes, embora todas vezes
tenham tido suas particularidades, eu me sinto
indiferente demais para notar esses detalhes.
Que se danem as roupas, o sol, o céu, eu tenho
um redemoinho de conflitos dentro de mim,
que não consigo nem se quer ver, quem
sabe são todos iguais, quem sabe se tem suas
particularidades? É difícil definir e até
mesmo senti-los de vez em quando.
Eu quero ter certeza de que eu
conseguirei sair do casulo sem me
destruir com meu próprio redemoinho,
que cresce e cresce cada vez que eu
nego entender os porquê's.
Sinceramente, eu acho que as coisas
vão ficar diferentes quando eu ver
tulipas vermelhas, é algo tão possível
e ao mesmo tempo tão fora de cogitação.
É um dia tão bonito mas hoje, em
especial (ou em desgraça?) hoje está tudo cinza...

domingo, 1 de novembro de 2009

algodão


É tudo sempre muito rápido. A gente grita o erro dos outros,
e traça o nosso próprio, quebra e rasga.
Mas ao rasgar o outro rasgamos nós mesmos, somos os outros,
somos o mundo inteiro.
Ninguém se perdoa e o silêncio chega ao ápice, é tudo tão mórbido
que nem se ouve um leve respirar. O silêncio também é a morte.
Enquanto isso o tempo atua como coveiro, desse cadáver doente
que embora não possa ser esquecido, deve ser enterrado
o mais fundo possível.
Eu sou o cadáver e minha revolta foi o meu mal.
Dias ensolarados não combinam com a solidão, a
noite vem chegando e não tem nada mais pra mim.
Novamente em milhões pedaços, olhando o horizonte de
milhões de ângulos, todos desesperados e aflitos,
cientes da distância perpétua.
Eu quero me jogar num campo de algodão,
permanecer até perder consciência do que
me anula.
Preciso ser resgatada desse mundo, mas quero numa
manhã de sol, pro meu dia mais feliz, ser também
o mais bonito e memorável. Uma cama de algodão,
uma libélula no chão prestes a voar e eu, antes
em pedaços, e agora anulando o feitiço que era
supostamente perpétuo, então eu digo:
estou me recompondo e também partindo daqui.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Se a mentira tem perna curta a omissão tem o quê?
Tão delicada, podemos dizer simplesmente que nos esquecemos de contar,
ou poderíamos dizer que: "Eu ia contar em plena segunda-feira!" ou até
mesmo dizer que: "Estava esperando o céu ficar azul,azul,azul,azul,azul,azul,azul,azul,
azul,azul,azul,azul,azul,azul,azul,azul,azul..."
Os sons fazem uma pressão intensa no telhado na minha mente,
são muitas vozes e nenhuma imagem.
Eles caminham com machados afiados, construindo desilusões ao
longo do percurso, por montanhas eles enterram esqueletos
esquecidos a muito tempo, e para o tempero de suas comidas usam as cinzas
daqueles que ainda esperam por compaixão do outro lado
do espelho.
Seria tudo mais fácil se as pessoas mudassem sempre pra melhor,
a carga não seria tão pesada e nem os cortes tão fundos.
"Talvez" pra mim tende pra negacão, de um jeito nem sempre
amistoso. Se as lágrimas fossem cortantes como estalactites
eu estaria a muito tempo cega. Mas apesar delas não serem,
nem de longe, nem de perto, eu me ceguei, vejo tudo
embacado.
Me sinto como estivesse diante de uma árvore, cheia de frutos,
de diversos tipos, como Sylvia Plath, eu a veja apodrecer,
diante de mim. Eu não me decido, apodreco com ela, aos seus pés.
Porém suas raízes me sugam para debaixo da terra, e comecam
a tirar o que resta de vida em mim. Essa árvore não admite
indecisão, me julga como não merecedora de nada, me mata
ou me mantém refém? Até que alguém a corte, e me corte junto,
eu estarei presa em suas entranhas, quase sufocada.
Quantas voltas no mundo o amor teria dado se tivesse pernas?
Se ele estiver sempre em fuga, seria o melhor, supondo que
ele fosse consciente do mal que traz. Mas não, acho que ele
é um bêbado, que não sabe o que faz e nem diz. Tão
irracional quanto uma mesa de mogno.
A solidão? Quanto delírio contido num monólogo.
Nem me fazendo mal eu paro. Depois de uma dose
de cianeto, comeco a ver um pouco de vida em tudo isso,
do outro lado eu não permaneco estagnada.
Isso não fez bem para minha saúde.

(...)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Outro sonho um tanto exótico. Pelo menos para mim:

Eu estava na Alemanha, não sei porque exatamente lá, afinal
eu tenho um interesse maior por outros países da Europa,
mas estava super feliz de qualquer jeito.
Em vez de ficar em um hotel, eu estava em uma bela
mansão, com jardins imensos. Algumas pessoas
estavam me mostrando a casa, todos cômodos
e tudo mais, porém eu fiquei meio retida no jardim,
eu não conseguia sair e sentia presenças estranhas.
Somente sentia, mas eu não via nada, ou tinha impressão
que via no meio de toda aquela vegetação.
Parecia que eu ouvia pegadas também, mas sempre era
apenas um cachorro vira-lata, de cor creme e
pelos arrepiados, que saia do meio dos arbustos.
Sai da casa, bem ao lado passava um rio.
Eu costumo ter noção dos sonhos anteriores
quando estou sonhando, e ao ver o rio
eu disse: "Então o tempo todo era com esse rio alemão que
eu costumava sonhar."
Do nada, eu já não participava de tudo isso, não
ativamente. Eu era apenas a telespectadora,
e acho que foi assim apenas pr'eu entender o
porquê da presença estranha que eu sentia no
jardim. Voltei ao passado, naquela mesma casa.
Havia uma empregada, um jovem morador local,
a dona da casa, a filha da empregada e uns
convidados da dona da casa.
Estavam vendo a casa, e por fim se sentaram
num sofá ao redor da piscina. Todos menos
a empregada e o morador local.
Eis que chega a empregada, dizendo em alta
voz seus planos, e entregando a todos um
copo com veneno. Não sei porquê eles não
revidaram, mas com certeza existia um
motivo.
Todos começaram a tomar o veneno,
aconteceu um close na boca de todos.
Primeiramente os lábios tremiam
diante das taças cristalinas, depois
se rendiam e tomavam o líquido
mortal.
A dona da casa, não tomou, sacou uma
arma e apontou pra empregada,
nesse instante o jovem morador chega.
Ela se sente aliviada, pensando que ele
ia ajudar todos, porém ele vira a arma
e logo ela percebe que ele não esta ao
seu lado.
(Nesse instante, não sei bem a razão,
mas fica claro que eles eram amantes!)
Ela também toma o veneno. Ao ver
todos agonizando com isso, ela aproveita
a distração da empregada e do morador
local para atirar em todos envenenados,
com o intuito de não deixá-los sofrer por mais tempo.
Ao fazer isso, ela ainda mata a empregada que
grita de susto e o morador local.
Mas ao tentar atirar em si mesma não consegue,
pois as balas já haviam acabado.
Estava ela, a dona de casa, entre todos aqueles cadáveres,
justo ela que atirou pelo bem das pessoas, agonizando até
a morte. Ela viu o cachorro aos seus pés, rosnando
( o mesmo que circulava pelo jardim quando eu
participava da história no presente!), decidiu chutá-lo
com um último fio de força que lhe restava.
Ele avançou nela e mordeu seu pescoço,
matando-a.

Fim

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sonhos,

Hoje sonhei muitas coisas. Depois fiquei pensando sobre os sonhos, aliás tem um
que não foi nem de hoje, mas que também achei interessante.
Eu tive uma participacão pálida em ambos, mas enfim, vou comentar sobre o
de hoje.
"Em plena Avenida Paulista, um bêbe corre atrás de sua babá e deixa
sua mãe conversando com taxistas - o narrador dizia algo
sobre o desapego dele em relacão a todos de sua família.
Desesperada a mãe corre atrás dele, porém é atropelada
e desde então decide separá-lo da babá, que nutria um
amor incondicional por ele.
Então a mãe some com o bebê. Eu observo a babá desconsolada,
enquanto tudo gira muito rápido ao seu redor. Os anos
se passam, e ela reencontra a mãe,do, agora ,menino de 15 anos.
O procura e eles iniciam um relacionamento às escondidas,
tanto ele da mãe, como ela do marido. O marido descobre,
então comeca a persegui-la.Ela muda de casa. E ao procurá-la
para matá-la, encontra a casa vazia sem nenhum rastro
de seu paradeiro.
Finalmente ela e o menino terão sua primeira noite de
amor, longe de todos, seguros, como sempre sonharam,
porém ao comecarem ela se sente estranha, e ao final
de tudo, ela percebe que nao o deseja mais de nenhuma
forma existente. Todas suas expectativas se desvaneceram,
e ela decide voltar para seu marido."

O segundo sonho aconteceu antes,antes de ontem, não restam
muitos fragmentos dele pois foram levados pelo tempo
no correr dos dias. Está tão pálido que só restam alguns
detalhes:
" Uma festa, num apartamento com cores levemente arroxeadas, por todos lados.
Eu mal existia, ninguém falava comigo nem sequer me olhavam. Então, um homem
entra com violência no local, fazendo todos correrem. Fugiram pela escada que ficava
do lado do bar, levava a um local desconhecido, mas o mais seguro no momento.
Uma garota foi morta. Eu não havia visto o que havia acontecido, pois ela foi pega
lá embaixo, num dos degraus da escada, e eu nem havia me movido. Afinal,
porque temer? Ninguém pode me ver. Mas eu queria ter visto como foi,
o homem tinha algo de diferente em seus olhos, brilhantes e cheios de ódio,
desconhecia o motivo disso tudo, mas fiquei aliviada por nossos olhos não
terem se cruzado em um momento sequer. Eu voltei no tempo,
desci as escadas, havia uma luz vermelha, rosa,roxa iluminando o local.
Ela havia desistido de correr, acho que para atrasar o ataque aos seus amigos.
Ele desceu as escadas com violência, e ao encontrá-la, permitiu que fosse
seduzido, era essa a intencão dela, cegá-lo de amor e impedir que o pior
acontecesse. Ele disse rindo que queria matá-la. Ela não acreditou naquilo,
e riu também, dizendo que devia haver muito sangue. A vi repetir isso inúmeras
vezes, e eles rindo juntos. Até que ele cravou as unhas em seu pescoco.
Houve muito sangue realmente. Não sei porque eu fugi. Mas voei para longe,
senti que algo a partir daquele momento estava me perseguindo.
Havia um lugar aparentemente seguro, onde eu fiquei escondida. Apareceu um casal,
levemente transparente, dizendo que estavam mortos mas que também estavam
fugindo, ofereceram sua companhia. Eu aceitei e estava viva, junto com eles.
Pálidos e seguros, nos afastamos do prédio iluminado de roxo,
até encontrarmos uma estrada iluminada pelo sol das duas da tarde.
Nos afastamos, cada vez mais, do mundo. Até pararmos numa casinha, meio-abandonada,
sutilmente segura onde meu sonho se encerrou"

Não entendi muito. Não senti medo, mas também não é o mundo onde eu gostaria de
estar todas as noites. Se eu estava morta não sei, mas eu podia alterar o tempo,
re-assistir, embora jamais pudesse mudar a ordem das coisas. Como me sentir
viva e fugir com os mortos? São planos demais pra entender.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A lot of fruits


Bem, não estou com muito tempo para escrever. Antes que a van chegue,
vou deixar aqui um cartaz que eu fiz, blábláblá. :)
É um super conselho, coisa que eu acabei de não seguir mas tudo bem.
Comprei o livro da Sílvia Plath num sebo hoje, fiquei super feliz
pois não encontrava em nenhuma loja online.
Talvez eu escreva mais depois, não tenho ''aula'' propriamente dita
e sim "Projeto Integração", isso significa que eu estarei ocupada.
Blá,blá,blá. Quero ver filme francês. A bientôt!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

en fuite...

Da água pro vinho, literalmente. Justo quando a luz some,
eu começo a sentir as primeiras pontadas de felicidade.
Fui vê-la, fui vê-lo. Constatei, presenciei et ça suffit!
Não preciso de tanto pra sorrir, e menos ainda pra
me desesperar, mesmo diante de dias ensolarados,
o que não foi o caso de hoje mas tudo bem.
Amanhã não terei aula de francês, isso já está
me frustrando. De qualquer maneira, a noite foi boa.
Temos aflições muito parecidas, queremos permanecer
no lugar do qual mais devemos ir embora (de alguma forma,
inexplicável.) A deixei no colégio, me encontrei sozinha novamente,
outro momento que me foi levado, subitamente, de um jeito
tão sútil.
Tanto sono, vou dormir.

Chatice

Eu não desisto, arrisco, risco sobre minha pele as verdades
que eu sempre ousei negar. Hoje não terei aula,
mais um motivo pra desocupar minha mente do mundo,
que mundo?
Ouvir músicas antigas é uma forma de suscitar os fantasmas
do passado, eles vem rasgantes pelos ouvidos, rapidamente
chegam ao coração onde cravam suas garras e causam
falta de ar e um leve torpor.
Hoje o dia está pra isso e nada mais. Passei debaixo de uma
escada, nem sempre sou supersticiosa, então tanto faz,
chega uma hora em que azar pra mais ou menos não
tem tanta importância. Diante de um feriado vazio eu
passaria embaixo de quantas escadas estivessem em
meu caminho.
Decidi tomar sol, logo quando chego em volta da
piscina o sol se vai, quanto desprezo, tinha que ser
um dia 13. Porque até sextas 13 são melhores,
afinal SÃO SEXTAS.
Não posso passar uns 10 anos? A cada eu, a cada vez
que me encontro em frente ao espelho, menos
me reconheço, estou ficando tão distante.
Mas não tem mais nada pr'eu fazer, agora
devo esperar a próxima reencarnação,
pra falar a verdade, eu preferia que não fosse
assim, aliás, eu não sei de nada do que me
espera, mas tenho algumas suposições.
Eu tenho tantos sonhos, e pouca disposição
para realizá-los, talvez tenha muito tempo
ou não? Só não sei o que estou fazendo com
esse tempo, as vezes nem percebo passar.
Não estou inspirada, dor de cabeça suga
os ânimos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Curto-circuito das estrelas pseudo-humanas.

No decorrer do dia eu pensei em algumas coisas para escrever aqui hoje,
uma delas sumiu (aliás, a que eu mais queria).
Outra das coisas interessantes (naquele momento, agora já
não é mais,mas vou contar mesmo assim!) é que eu precisava
ir num lugar, mas eu não sabia o nome da rua por onde era mais viável passar,
entretanto na hora em que era pr'eu informar o motorista, eu simplesmente disse
o nome da rua, então numa fração de segundos eu pensei: o que eu disse mesmo?,
qual é o nome da maldita rua? mas isso era algo que eu não sabia mais,
só sei que ele foi pela rua que eu tinha em mente. Pensamento descartável,
só aparece quando é útil, podia ser assim sempre não? Em tudo, digo tudo
pra não ficar citando todos setores humanos e surreais que isso engloba.
Assim, quando precisássemos de nomes e afins, as coisas iam
se conectando aos poucos, como se as ideias fossem dando as mãos, então
diziamos, recitávamos ou cantávamos e depois as mesmas ideias,palavras(e afins...) iam
empalidecendo, ao passo que nossa voz fosse diminuindo, até desaparecer
de vez, para ressurgir, num outro momento em que fosse realmente necessário, com outras combinações e timbres. Isso já acontece naturalmente, é óbvio, mas alguns pensamentos
(e nem sempre os bons) são regurgitados constantemente, mesmo aqueles que pensamos (aliás, em que não pensamos, pois a partir do momento que pensamos, eles já estão ali presentes roendo as expectativas de um dia feliz.) ter esquecido. Não temos nem forças para rejeitá-los, por isso defendo a ideia do descartável. Se não for útil é então automáticamente não é lembrado,
principalmente os de spam.
Então ficariamos com a mente vazia quando não precisássemos? Bem, eu prefiro
isso do que ser bombardeada com pensamentos ásperos, que fazem associações
tão rápidas que quando percebemos já cercaram nossa mente com arames enfarpados,
mas já que esse tipo de pensamento seria esquecido, tenho certeza que minha mente
não iria parar um segundo. Mal um pensamento ia empalidecer, e já ia surgir outro,
outra ideia, outras associações.
Muitas vezes associamos as ideias a uma lâmpada acesa, dessa forma minha mente ficaria piscando, sem parar, com esse renascimento contínuo. Se fosse realmente assim, o que
as estrelas iriam pensar de mim? "Tem um ser, lá embaixo (ou lá em cima) que apaga
e brilha". Talvez no dia em que eu não brilhe mais eu já esteja do lado delas, esclarecendo
algumas coisas sobre os outros seres de lá de baixo( ou cima) e exigindo algumas
respostas também.
Estou pensando coisas demais, nesse momento estou a ponto de entrar em curto-circuito.
(apesar que vou parar o curto por aqui, mas continuo nos sonhos.)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Confusão febril.

Dor incomoda , percorre toda extensão do meu corpo, extingue meus
sorrisos e prolonga minhas horas.
Por quê dessa maneira? Mais uma vez eu fui além do meu limite
humano. Ouço o barulho de algo estrondos,bem atrás de mim,
acabaram de pregar um cartaz, mas não estão anunciando
minha morte, lenta.
Agora eu como uma bala, no lugar do doce a decepção,
consistência duvidosa e cores mortas.
Tremo, mas não há frio, pelo contrário, está insuportavelmente
quente.
Novamente a solidão, frustração no meio de lugares lotados
onde as pessoas sequer fazem diferença.
Agora, trovoadas? O céu deve ter sentido minhas mágoas,
grandes feridas que se abriram com as gotas desses
momentos ácidos.
Chuva ácida, direto em minha pele, me machuca, e então como se não
bastasse, vai embora e faz surgir o sol, que faz queimar
ainda mais.
Quero um abraço, um laço de cetim cintilante, que me envolva e me
faça sentir protegida, por quê o cetim? eu acho bonito, eu acho único
e coisas únicas me injetam sensações positivas.
Me sinto quente, olhos febris e neblinosos, minhas lágrimas mal
chegam as bochechas, pois evaporam, até eu estou prestes a evaporar.
Se caso meus sentimentos sumirem, irei parecer um vegetal,
não há mais essência. Tossir também dói e quando respirar
estiver me causando dor, me despedirei sem sorrir.
Pronto, perdi o direito de respirar, não sou nem humana assim,
mal existo. E não entendo como essas palavras foram concebidas,
fico com vontade de misturar milhões de ideias, uma receita
desordenada, doente e até mesmo inútil.
Que maldita diferença faz tudo isso?
A dor entorpece, e se caso ela tivesse uma cor, qual seria?
Não faz mais sentido o que escrevo, perdi a cadência,
é como se eu estivesse numa descida desenfreada, rumo ao
nada. Bom dia.

sábado, 3 de outubro de 2009

Sábado suícida.

Ameaçou chover durante o dia inteiro, e foi a única coisa que
não aconteceu. Alias, outras coisas que eu pensei que seriam
previsíveis não aconteceram também.
O telefone não tocou. Digamos que eu tenha esperado isso
com tanto afinco que nem sai de casa, como eu me sentiria
se tivesse sido exatamente assim? Frustrada. Mas eu sai.
Fui ao supermercado, e mais uma vez fiz planos pra me
distrair, pra poupar a ausência do que fazer, ausência
sonora do maldito telefone.
Quanto a esse cansaço, não sei explicar, não há
motivos físicos para ele existir,mas pode ser um
cansaço crônico de viver ou um simples tédio sabatino
que me deixa mórbida assim.
Não estou com vontade de fazer absolutamente nada,
e ao mesmo tempo gostaria de fazer algo totalmente
incompatível com meu humor do momento.
Pois é: é sábado e quero dormir. Como se não houvessem
mais esperanças para hoje: pronto desisto do sábado,
vou dormir e então me traga o domingo, que tem
tudo para ser mais tedioso do que o sábado,
como é o costume de quase todos domingos que vivo.
Chega uma hora que é frustrante permanecer acordada,
o pior ainda é não conseguir dormir e ficar rolando na cama,
enquanto tanta vida acontece lá fora.
Essas paredes, esse teto, meu cárcere escolhido por mim,
pr'eu agonizar em meus sábados e domingos. Bem, pelo
menos a escolha foi minha, pior seria estar na metrópole,
sem dúvida aqui é mais aconchegante, até mesmo pra
agonizar.
O telefone toca: alívio guarnecido com receio. Prefiro
isso do que o vazio. Estou tão cansada, que não reclamo.
De qualquer forma restou meu quarto, olho para a cama
de lençois vermelhos, há uma multidão de planos, enfileirados,
esperando para acontecer. Esse sábado foi anulado, fisicamente,
de todos ângulos. É triste pois não era pra ter sido assim, eu queria
ter feito outras coisas, uma das coisas que eu ia fazer foi assaltada
pela preguiça congenita.
Não sei quantos sábados me restam, mas esse largou da minha mão
e se jogou no precipio do tédio.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Soleil a dit: Allons-y!


Hoje enquanto eu esperava a consulta numa pracinha, uma joaninha surgiu,
pousou quietinha sobre minha bolsa amarela. Tão vermelhinha,
gostei do contraste. Eu já disse bem clarinho a importância que
eu dou pra essas coisas do cotidiano, não? Pois então, esqueci
de pegar a câmera na faculdade, perdi de fotografar isso,
tão simples, mas me deixou tão feliz.
"Ela ficou feliz por causa de uma joaninha?", é que eu estava
me sentindo tão sozinha, que não poderia haver companhia
mais adequada pr'aquele momento, ela foi silenciosa
me fez sorrir, e de quebra me deu umas ideias.
Eu não queria nem conversar, estou enjoada da minha voz,
e falar o que me machuca a mente é algo que não combina
com uma manhã de sol. Mas joaninhas combinam com manhãs
de sol, borboletas, libélulas, enfim. Todas cores e sorrisos,
sorriso que me faltava demasiado, e encontrei dessa maneira.
Ainda agora estou buscando, pois o sorriso daquela hora
já se esvaiu, e por quê? Eu não quero mais andar por
essa cidade, eu não tomei essa decisão sozinha,
pelo menos não sinto como se fosse assim.
Tenho reações variadas demais pra uma pessoa só,
acredito na influência de outros planos, e não é só isso,
é como se ao mesmo tempo que eu estivesse aqui,
eu estivesse lá também. Complexo, nem eu entendo,
mas às vezes as coisas se misturam de uma forma,
que só pode ser essa a resposta. Ou pelo menos é nisso
que eu acredito pra tentar justificar as coisas que eu não
entendo, ninguém entende .
Mas tem outras que eu não entendo também,
que considero até mais agonizantes.
Meus pensamentos vão além de mim, sempre,
por isso me sinto como eu estivesse correndo sem
parar, embora eu não saia do lugar. Acho
que minha mente está me suplicando de alguma forma,
mas me sinto pesada demais pra me mover,
antes eu tivesse a leveza de uma joaninha.
Boa tarde :)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

The sun

Não consigo parar de ouvir música, mas não as tristes.
Hoje não estou alimentando tristeza, naquele pátio
azul cheio de cercas, da onde elas não saem e nem me
deixam escapar. Especialmente hoje, estou
para as músicas animadas, e talvez por minha
vida não ser tão animada assim que eu não
esteja conseguindo larga-las.
Olha a hora, e eu aqui no meu mundinho imaginário,
onde as canções formam clipes, e finais de filme
felizes.
Até quando é algo que eu não sei explicar,
só sei que preciso dormir. Daqui eu cairei
na cama, e já me teletransporto pra outro mundo
(espero que hoje minha mente não esteja para pesadelos!).
Estou me sentindo bem, por mais que esta seja uma
resposta superficial, me baseando apenas nas
músicas que eu não vivo. Mesmo porque para vive-las
eu teria de estar de férias.
Não sei o que fazer, aliás, eu nunca sei muito bem.
Ou sei tanto, que guardo segredo até para mim?
Eu já escrevi isso em algum lugar, mas é claro que
já, sou um eterno clichê, me decepcionei hoje na aula,
isso me fez mal. Mas eu me decepcionei comigo,
antes tivesse sido com alguém, afinal é comigo que
eu convivo, é comigo que eu vou pra casa.
Falando em ir pra casa, não era pr'eu estar aqui
hoje, mas essas mudanças de planos repentinas
quase me fazem derrapar nas curvas,
apesar de que se eu continuar indo rápido
com ou sem mudanças, eu irei derrapar
e quem sabe depois de morrer eu entenda
o verdadeiro sentido disso tudo. Ah, isso já
é outro assunto longo demais, que eu também
já comentei diversas vezes.
Eu não tenho assunto? Falo coisas sem sentido?
Não sei de mais nada (mas quando eu soube?!)
Compartilho os pensamentos de Sylvia Plath,
e sinceramente? Hoje vai ser difícil de dormir.

Boa noite.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Morangos nulos. Até o outro lado.

Enquanto o site demora para carregar
as palavras vao se perdendo, cada vez mais,
uma sequencia delas, se perdem pelo ar,
ou sera q elas se deixam levar pelo vento
frio dessa noite de quinta feira?
Ah, a semana passou rápido. Mas claro
que só tenho essa impressao quando ja
se passou mais da metade dela.
Isso foi tudo que eu escrevi só enquanto esperava,
que aflicão!
Estou ouvindo Nick Drake, e estava procurando
coisas sobre a escritora norte-americana: Sylvia Plath.
É triste e ao mesmo tempo fantástico encontrar
pessoas que traduzem em versos suas aflicões,
a escrita funciona como uma válvula de escape
mesmo, para toda agônia a qualquer momento.
Em qualquer dimensão, não importa exatamente onde
eles estão, mas é reconfortante ler versos tão bonitos,
como se algo nos lembrasse que nunca estamos sozinhos,
por mais que pareca, o que os olhos não veem a alma
sente. Sente essa identificacao, que por mais pálida que
seja, existe. Pois claro, eu não tenho 0,1% do talento
que eles tinham, mas isso é algo que não me tortura.
Estou cansada. Cansada do quê? Ah, de acordar cedo.
Mas acordar cedo é tão bom. Então eu não sei mais a
resposta. A única resposta, e talvez o único alívio
é que a lua-rosa vai pegar todas pessoas soberbas.Todas.
Andei de carro hoje, não sinto medo, talvez pelo
carro não ser meu também, mas e sou uma péssima
motorista. Isso é frustrante! Parece uma informacão trivial,
apesar que pra mim é importante. Essa é outra frustracão minha.
Ou talvez as coisas que me interesse não sejam realmente
importantes, me sinto um peixe fora d'agua (isso combina
com meu signo astral, afinal sou só peixe, flutuando em
algum plano paralelo, nunca ouvi dizer que tinha
um aquário para mim ou melhor ainda, um rio todo!).
Já já estou indo dormir, mas é que antes eu gosto de
meditar sobre o que eu gostaria de sonhar,
fico forcando a mente e às vezes funciona.
Os morangos estavam podres.Então vou sonhar
com morangos bons, com tortas e sucos.
Pois é, já dizia Clarice Lispector: (...)é tempo de morangos.
Mas os meus estavam podres, preparei tudo em vão,
pois o liquidificador ficou sobre a pia, na mesma espera
que eu. Estamos nulos não? Vou passar a noite
com desejos de morangos. Esse é o fim.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Colméia em conflito


Está chovendo e sinceramente isso não ajuda muito.
Claro, eu adoro chuva na hora de dormir, me acalma
e tudo mais, mas a tarde (naquelas tardes em que eu embora
tenha com o que me ocupar EU NÃO ME OCUPO mentalmente),
não ajuda em nada, aliás, ajuda a piorar.
Eu posso até perguntar, mas não tenho respostas,
devo ter uma pseudo-resposta e definitivamente
isso não me esclarece nada. Entende a nascente
do conflito? Pois então.
Eu posso correr o quanto for, mas eu não vou
alcança-lo na chuva. Isso frustra. Todo tipo de
limitação frustra. E o que eu tenho? Quase nada,
quem me dera se eu tivesse um par de asas,
talvez eu conseguisse alcança-lo, mas se caso ele
não quisesse, nem assim eu conseguiria.
Se eu fosse uma cor hoje, eu seria transparente,
sem cor mesmo, as vezes acho que a tristeza não
comporta cores, nem mesmo o azul pálido de
Nick Drake é tão triste como estar transparente.
Bem, eu preciso parar de escrever, já já estou indo
para a faculdade.
O que me revolta é que várias vezes diante do
computador as palavras me escapam,
parece que elas não querem ser escritas,
cheguei a conclusão que eu poetizo em silêncio,
e se eu não agarrar esses versos, eles evaporam
tão facilmente.
Todos os dias que posto escolho uma imagem,
que pego descaradamente de algum site.
Uma colméia em estado de observação,
pra quê? Deve ser pra se chegar a conslusão
de algo, que nem eu sei.
Acho que eu preciso me observar também,
quem sabe eu escreveria melhor.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Gatos,Chá.Peixe.


Acho que não gosto muito de escrever a primeira linha, por mais que eu
saiba o quanto ela seja necessária para quebrar o silêncio. Mas é que ela
é responsável pelo desenrolar do texto, e às vezes eu quero dizer tantas
coisas que não sei por onde começar, e essa primeira linha me limita.
Claro, que acontecerá uma série de conexões, mas são informações
que muitas vezes eu não consigo conduzir, daí fica uma confusão só.
Bem, já comecei, de uma forma nem tão clara assim: mas ok.
Daí eu começo a ouvir Linger do The Cranberries, More than words
do Extreme e me instalo na fossa. Pronto.
Feliz Primavera; esta aí uma coisa boa no dia. Mas cadê o sol e as
flores? Ou seja, feliz primavera invisível, inexistente já que o que
a representa não está presente.
É só o que eu queria, não é o que vai acontecer.
É óbvio, claro. Mas enfim. Vou parar por aqui agora,
e vou almoçar, tem um longo-curto dia me esperando.

A imagem foi escolhida aleatóriamente. Mas claro que
eu gostei, achei interessante e tudo mais.
Lembrei do meu peixe, Pablo, que parece estar um
pouco agitado no aquário dele, então que ironia:
os gatinhos jogando chá pra um peixe se acalmar.
Quem diria? Bem, eu interpretei assim.

sábado, 19 de setembro de 2009

lost inside CAMBODIAAAAAAAA


É díficil encontrar fotos de Cambodia em alta resolução, não conheço muitos bancos
de imagens, então fica mais díficil ainda.
Eis um efeitinho básico, mas que eu gostei bastante, me senti com um olho em Cambodia
JAJAJA. Sabe, prefiro o tédio do meu quarto, do que o tédio e o frio da metrópole, bem
mais aconchegante.
Apesar de ter dado quase tudo errado por lá, o curso foi ótimo, mas ótimo mesmo.
Enquanto eu estava vivendo aquele momento, parecia que não ia passar
era meio um tormento junto com algo que valia a pena (curso!),tanto que eu não conseguia
nem definir nada, mas agora que passou eu tenho toda certeza em dizer que valeu muito.
Mas como diz a chanson, PARFOIS ON DOIT SE TAIRE ENFIN...
Chega de falar da semana? Mais ou menos, só mais um PORQUINHO (falando em porquinho,
não vou mais comprar um, devido ao tamanho que ele ia ficar :S, fazer o que, não tenho
dinheiro para comprar um mini-pig, então fico sem!).
Cidade grandona, muitas pessoas, muito pra andar, tudo muito longe, elevadores a todo
momento, para tudo: eu não gosto de elevador!
As praças de alimentação lotadas, me dava uma sensação estranha, parecia que eu estava
num chiqueiro. Não gosto de lugar muito lotado, e era exatamente assim que era lá. Logo
as comidas não eram feitas com tanto capricho assim, eu achava os pratos tristes, por mais
coloridos que fossem, eram feitos com pressa. Eu não ria sozinha, como eu costumo fazer
as vezes, não era divertido. Era corrido, muitas almas se esbarrando a todo momento, isso
cansa o sorriso, fica estagnado e ninguém sorri. Sentirei falta da torta holandesa
no lanche da manhã. É só. Agora chega.
Quero fazer algo bonito no photoshop. Pensar e escolher as imagens é algo que demora mais
do que a produção em si, sinceramente. Ou eu sou indecisa demais?
Tudo bem. Vou ao trabalho jajaja

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ME LLAMA


Ah não ficou muito bom, mas tá valendo. (só pq eh uma lhama!) =P
Bem, agora estou no intervalinho e tudo. Eu nem saio nesse intervalo,
pra falar a verdade eu nem me importaria se ele não existisse.Mas ok!
Não vejo a hora de almoçar, queria escolher um lugar diferente,
aliás o restaurante argentino que tem aqui na rua de baixo, mas poxa
vida, parece ser muito caro e eu não tenho condições financeiras para isso,
(não no momento.)
Quero ir embora na sexta. Obrigada, não quero dormir nem um dia a mais
na metrópole. Não tenho tantos motivos, só dor de cabeça, serve? Claro.
Nem que eu pegue o último ônibus.
Depois eu escrevo mais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

(...)


Estou cansada, cansada. De verdade. Acordei 5:30!
Fiquei perambulando até as 8:00. Estou gostando muito
do curso e tudo mais, mas sinceramente lugares lotados e
elevador não são pra mim (não pra viver nisso.)
Ai, adoro a propaganda do Sedex (comentário aleatório.)
fiquei com saudade da cozinha de casa, poxa vida.
Daí falando em cozinha, lembrei do meu almoco > Hiroshima.
Mas, sério, estou cansada até de falar sozinha, de rir sozinha.
Vou jantar. Saudades da vila, acredita? jajajaja
Estranho se sentir assim, aqui é e nao é legal!( NOSSA, O CARA DO GHOST MORREU!)
jajaja enfim... caramujos, já tive um. MORREU também. HASTA

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

tudoinvertido.




Já já estou indo embora. só estou com vontade de ver um filminho
e ir dormir! Queria assistir EL ORFANATO do Guillermo Del Toro.
Mas tudo bem, quando eu chegar na minha vila eu alugo viu.

maçãs.


Primeiro dia de aula de photoshop :)
Nem acredito que vômitei na frente da profa. Putz grila! jajaja

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um vinho...

Sabe aquela tarde mórbida, em que você pode até ter algumas coisas para
fazer, mas não tem a mínima vontade de fazê-las?
Quer conversar, mas não tem com quem. Um vinho e só.
Estou me sentindo estressada, mas isso definitivamente não
é o que eu quero expor aqui (em maiores detalhes claro!).
Acho que vou apostar na loteria, quem sabe não?!
O curso na metrópole começa segunda, mas já vou pra lá
no domingo. Completo caos!
Acabei de constatar: não tenho nada pra fazer mesmo.
(deve ser por isso até que estou estressada, não?!)
Vou ocupar a mente (e é aí que entram os planos, que eu não
paro de fazer.) Mas como?
Lá vem um pensamento Lula (óbvio) : não posso mudar o pensamento
das pessoas (ohhhhhh!).
A solução? Mandar pra Cambodia. O fato é que falta o dinheiro
da passagem, porque era uma boa. (dizem que é um ótimo
lugar pra refletir.)
Falta muito pra anoitecer, quero encontrar a Rodriguez e
falar e falar e falar. Complexo! (Será que vou vê-la mesmo?!)
Eu não vou me adaptar a esse sistema neurótico,
não entendo o que me é exposto, mas talvez eu também não
queira entender, exatamente porque não aceito e por não
poder muda-lo. Estou dizendo isso bem clarinho.
Como diz Mano Chao: QUÉ VOY HACER? JE SUIS PERDU,
JE NE SAIS PAS.
Mais fácil perguntar que horas são mesmo.
Que horas são ein? 14:28

TCHAU.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

lagartexas



Definitivamente eu não posso mais ir ouvindo metropolitana ou sertanejo
até a faculdade, preciso urgentemente colocar músicas no ipod e comprar
um foninho.
Hoje não ouvi nenhuma frase estilo daquelas que vem no biscoitinho
da sorte, mas estou inspirada pra ''vencer'' do mesmo jeito JAJAJAJA.
Sinto falta de peixes dourados no meu aquário, falando sério:
dourado, dourado MESMO, nunca tive, mas vai entender, sinto falta ué.
Estou indo pra Texas hoje (é só pr'eu não falar o lugar de verdade, ok!)
só volto sábado pra semi-cidade.
Go,baby, go go.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

dinossauro não identificado(só pra alertar quem ligou a TV agora!)


Eu preferia que as coisas que eu penso fossem
instantaneamente direcionadas pra algum caderno, enfim.
Às vezes penso tantas coisas enquanto estou
vivendo tais momentos, mas depois na hora de
escrever tudo que pensei já é final do dia e
estou cansada demais.
Durante o dia passei por vários momentos que
me fizeram refletir jajaja,
voltando da aula de corel, ouvi um japonês
(ou chinês? enfim, raça não identificada!) falando:
"Você precisa de planos para vencer..."
Não foi para mim que ele disse, ouvi por acaso, mas enfim
adotei pra vida.
No mesmo momento eu olhei pro papelzinho do concurso
de fotografia e associei : adotei pra vida também.
É, eu realmente preciso de planos pra vencer, ual. Nem
tudo é por acaso, não é mesmo? Sei lá eu.
Durante o caminho eu fiz planos do que eu poderia fazer
no concurso, surgiu uma ideia legal, tão legal que eu
até fiquei rindo sozinha na rua.
O melhor do dia foi (sem dúvida!) encontrar a Rodriguez,
e pra quem ligou a TV agora: Rodriguez é minha G.A.M.A.!
Estou muito cansada. Mas tinha que terminar de colorir
esse dinossauro aí (esqueci o desenho que ele "fazia",
mas eu adorava.)
Vou dormir porque eu preciso dormir para vencer,
e nossa, dormir bastante. jajajaja

Fato: curso de roteirista, OÚ?

domingo, 30 de agosto de 2009

Bem, estou com uma história da cabeça. Pode acabar num livro,
quem dera um filme. Particularmente eu gostei!
O que poderia unir um serial killer com sua vítima?
Talvez o passado, talvez a semelhança com sua primeira vítima,
e daí nasce a contradição, a primeira ele deixou morrer e essa
cuja semelhança irradiava pelo olhar, ele precisava deixar
viver.Não pelo seu bem, mas pelo seu mal.
É meio complexo. A idéia surgiu, de muitas coisas,
interessantes, só não quero compartilhar tudo, tudo.
A cronologia é alternada, momentos do passado e presente dos
protagonistas, somando com o momento da investigação para
encontrar as vítimas e o serial killer.
Bem, não vou contar tudo o que pensei. Ah, eu gostaria
de encontrar algum curso de roteirista, pr'eu ver se é
isso mesmo q eu gosto.
Às vezes sinto que as histórias são boas, mas não sei
desenvolve-las.
Enfim.fim

terça-feira, 25 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

muffin is cool


Fiz esse desenho no corel. Ficou mais ou
menos, mas tudo bem.
Deu vontade de comer um muffin,
me prometi aprender durante as
férias mas acabei nem fazendo!
Ah, curso na metrópole ON e um
outro de redação e criação também.
(Pas de fest'up!).


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

job. travail. trabajo...

Muita gente já está farta disso, quer jogar tudo pro alto,
gritar no ouvido do chefe todas coisas que vinha
escutando faz tempo, mas o fato é que eu pelo menos
estou louca (literalmente) para trabalhar, inclusive
de ouvir críticas do chefe, imagina isso?!
Sabe, estou me sentindo meio atrasada,
como se eu tivesse perdido um ano da minha vida.
Um ano que eu poderia ter comecado a trabalhar,
independente de estar no primeiro ano de faculdade.
Mas eu achava que ainda não era a hora, que eu devia
primeiro me dedicar aos estudos e todo um blábláblá
ensaiado. Agora estou sentindo falta dessa experiência
que eu já poderia ter.
Eis que eu acordo, como de um pesadelo (daqueles
em que se acorda repentinamente e geralmente em
horários impróprios,à la 4 ou 5 da manha!!!).
O pesadelo do desemprego! Daí me dou conta que
o pior de tudo é que na vida real eu sou
desempregada também. Agora mais do que nunca
quero trabalhar (e esse ano!).
Vamos ver no que vai dar e vamos ver também meus
posts pós-conseguir emprego (será que vou querer
aquelas coisas que citei na primeira linha?!).
Fato: Quero um carro. Fácil não? Não.
Mas pas de corsa, ele grita tanto quando eu não passo marcha
que parece que estou matando um porco, e logo eu que sou
autêntica defensora dos animais de corte. Definitivamente,
não posso com esse voiture. E só...
C'est l'heure de dormir.

caixinha, caixinha.



Bem, fiz hoje essa embalagem no corel draw :D
Estou adorando o curso e tudo!
Fui dirigindo sozinha e pra mim foi um desafio,
afinal tem uma grande diferenca dirigir na
cidade e na semi-cidade(ah, só pra constar: estou na cidade!).
Já já tenho aula de francês e bem provavelmente irei a pé
pra faculdade. Isso me faz lembrar que tem uma lanchonete
q vende acai no meio do caminho, daí q estou com vontade
(desde agora!).
É bom que o dia está sendo produtivo, cheio de coisa
para se fazer. Mas que beleza, agora tem um cara
tocando trombone aqui no condomínio; quanta
cultura! jajajaja (claro que eu preferia gaita,
mas enfim...).
Quem sabe irá chover! Quem sabe eu tomarei chuva ou
o que mais pode acontecer? Eu preferia é concluir o ano
num ritmo alucinante, cheia de compromissos(cursos, palestras e afins) e então no
final, depois de tudo pronto, ir viajar (finalmente!).
Mas que preguica de vivenciar toda essa correria durante mais
tres meses, essa idade física me pesa os ossos.
Ah que feio ter tanta indisposicao (e ao mesmo tempo
MUITA disposicao), ah, quanto chego no limiar da
confusão ou semi loucura eu prefiro dar tchau e não expor
mais nada. Então é isso... au revoir


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

...parce que je t'aime


Bem, estou realmente muito cansada hoje. Acordei 6:30 da manhã,
e não foi fácil, afinal eu estou acostumada a acordar um pouco mais tarde. Viajei de ônibus e isso pra mim é sempre uma tortura,fico enjoada, enfim, exagerei.
Vou postar uma música que na verdade é italiana,
mas a letra que eu vou "divulgar" aqui é francesa, aparece num filme que eu gosto "La belle personne" e como eu sou uma eterna romântica (onh) é claro que eu amei a letra :
Por hora vou tomar banho e tirar essa cara de cansaço,
viajar um pouco pro mundo dos sonhos (sem ônibus,
ainda bem, senão eu preferia nem sonhar.)
É só o começo, em setembro esse percurso de ônibus
aumentará, daí quero ver. Enfim, faço plano demais
(pior que nem é por falta do que fazer! quanto
mais faço mais planos ''nascem'' jajajaja).
Ahhh que recepçaõ boa eu tive hoje, depois de um dia cansativo,enjoativo, ensolarado: o guáxinim vem na porta de casa, daí do nada eu fico com vontade de ouvir aquela música
italiana (mas que eu estou postando em francês) sendo
recitada pela Junie (em la Belle personne), ah ela
recita nos dois idiomas, mas qual vocês acham que eu
prefiro?! Não preciso nem comentar!

o fato é que eu quero um chá de camomila,
diante de mim, agora (sem nenhum esforço,ÓBVIO!)
MAS a preguiça predomina. Chega de enrolação e eis a música:

Quelle confusion
Ca doit être parce que je t'aime
C'est une émotion
Qui croît peu à peu
Serre-moi fort et rapproche-toi
Si ça me convient
Ca doit être parce que je t'aime
Moi je chante au rythme de ta douce respiration
C'est le printemps
Ca doit être parce que je t'aime
Une étoile file
Mais dis-moi où sommes-nous
Qu'est-ce que ça peut te faire
Ca doit être parce que je t'aime

Et vole, vole ça se sait
Toujours plus haut on va
Et vole, vole avec moi
Le monde est fou parce que
Et si l'amour n'y est pas
Il suffit d'une chanson
Pour semer la confusion
A l'extérieur et à l'intérieur de toi.

Et vole, vole ça se sait
Toujours plus haut on va
Et vole, vole avec moi
Le monde est fou parce que
Et si l'amour n'y est pas
Il suffit d'une chanson
Pour semer la confusion
A l'extérieur et à l'intérieur de toi.

Mais après tout
Qu'il y a-t'il d'étrange
C'est une chanson
Ca doit être parce que je t'aime
Si le monde s'écroule
Alors on se déplace
Si le monde s'écroule
Ca doit être parce que je t'aime

Serre-moi fort et rapproche-toi
C'est tellement beau que ça ne me paraît pas réel
Si le monde est fou
Qu'il y a-t'il d'étrange
Fou pour fou
Au moins nous on s'aime

Et vole, vole ça se sait



Toujours plus haut on va
Et vole, vole avec moi
Le monde est fou parce que
Et si l'amour n'y est pas
Il suffit d'une chanson
Pour semer la confusion
A l'extérieur et à l'intérieur de toi.

Et vole, vole on va
Ca doit être parce que je t'aime
Et vole, vole avec moi
Et si l'amour n'y est pas

Mais dis-moi où nous sommes
Quelle confusion
Ca doit être parce que je t'aime

domingo, 16 de agosto de 2009

Coelho, que trazes pra mim?!


A felicidade muitas vezes parece ser tudo que notamos quando já se passou;
é quase uma recordação. É bom começar a notar, não só pra valorizar mais
como pra aproveitar mais. Ando fazendo isso e tem sido muito bom pra
minha mente.
Amanhã começam as aulas (finalmente), estou anciosa e ao mesmo tempo
não. É uma situação muito contraditória jajajajaja Ah, começa meu
curso de corel draw também e vai ser uma correria só, mas eu
consigo. Les yeux au ciel sempre e planos pra quando terminar
o curso também. Pas de frase feita de auto-ajuda (comentário
aleatório.)
Achei ótima essa aliança de coelho, quem me conhece sabe o
porque tem tanto a ver.
Amanhã tenho trabalho pra entregar também, analise fílmica
sobre o filme "A outra", falando nisso quero ler os outros
dois livros da Philippa Gregory, algo que eu adorava fazer antes
de dormir, me sentia na Inglaterra (de verdade! jajajaja.).
Vou dormir. Porque não foi só a cobra que fumou hoje não!!!
(tem todo um contexto tosco por trás dessa frase.
nem acredito que eu assisti Faustão hoje!)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Nem todos os dias são bons e nem sempre os planos dão certo! Claro que eu
não descobri isso hoje, mas a cada vez que algo dá errado é como se
fosse a primeira, mas tem o fato de que cada ''algo'' que dá errado
tem sua particularidade. Enfim que os planos sobre a "metrópole"
ficaram para depois, pelo menos até setembro não tem nada
marcado. Ah, vou fazer um curso na "cidade" mesmo e até
dia 04 de setembro estarei ocupada com ele.
Em setembro já planejo me mexer pra ir pra metropóle JAJAJAJA
Estou escutando "Ma mémoire sale" , uma música francesa
combina com esses momentos em que eu penso no óbvio:
aquela maldita frase do início do texto!
Nessas horas a criatividade funciona pra textos mórbidos, dramas e romances
drásticos, coisa que não tenho vontade de expor,
afinal são meus textos, minhas particularidades:
tão importante quanto o que dá errado e que vai passar,
tão quanto quando chegar a primavera, tulipas, borboletas,
sol brilhante, nuvens azuis, colinhas verdes e floridas,
som de riacho e meus risos...
Como aconselha a música : parfois on doit SE TAIRE!


obs: balões só pq eu queria estar leve assim,
a ponto de ser levada pelo vento :D

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

saindo do casulo!


Então que eu vivi anos numa semi-cidade(vila de pescadores).
Agora estudo numa cidade e planejo fazer um curso em uma METRÓPOLE!
Estou meio assustada pois da rodoviária até o bairro onde
fica a escola é LONGE. Praticamente sair do casulo mesmo.
Vou ter que fazer o percurso todo em transporte público,
a aula começa as 9 da manhã termina as 6 da tarde!
Estarei num lugar em que andar a pé não é uma boa opção, ah claro,
até é, considerando que eu chegue HORAS E HORAS
antes na rodoviária e enfim, complicado.
Preciso crescer nesses aspectos, me ''virar'', saber como chegar
no local independente da dificuldade.
Visar o que vou ganhar com isso e deixar de focar no que eu
vou ter que "ralar" pra conseguir. Ah, complicado sim,
espero conseguir fazer esses cursos.
É uma mistura de planos na minha mente. Planos doces,
bem suaves, que me adoçicam a vida, nossa, estou
cheia de planos e mais planos.
Bem, estou sempre planejando, chegou a hora de
realizar! Né?
Estou fazendo um drama todo por causa
de um metro e de no máximo 2 ônibus...
Quem mora no interior sofre JAJAJAJAJA
(exagero embutido!)

SONO. bedtime.



obs: a manteiga voadora faz parte do contexto.

domingo, 9 de agosto de 2009


O final de semana foi muito bom! Comi demais e ri demais,
até quando (biblicamente falando) não podia. Tudo bem.
Enfim, foi apaixonante. Estou explosivamente feliz.
Amanhã vou fazer a torta de morango, aquela que até já
postei aqui, mas dessa vez espero q fique melhor.
Estou ouvindo "Santería" e isso me dá vontade de estar na
américa central, eu ein ( com um chapéu enorme e colorido.)
Na minha cabeça estão passando milhões de cenas, músicas
e cores. Nossa que confusão. Eu não posso/consigo
escrever tudo aqui...
Muito romance também. Vamos para praia.
Estou anciosa pra fazer a receita do frango marroquino...
fora isso eu não quero comentar mais nada.
Boa noite

sexta-feira, 31 de julho de 2009

E o sonho?


Nossa, sem explicação pro sonho de hoje. Lembro de ter tido luta estilo
pirata,fuga nas montanhas(com bicicleta) e me lembro de vacas pretas
com manchas brancas. Eu ein, mal consigo me lembrar!
Pensando bem daria uma história interessante mas eu lerdiei
em não anotar tudo isso enquanto era tempo,agora está
a noite e a memória em relação aos sonhos amanhecidos
já não está boa.
Eu tenho de ser ágil pra não perder essas coisas estranhas
que passam pela minha cabeça durante as noites/manhãs de sono.
Acho muito interessante os sonhos. Quem são aquelas pessoas
que contracenam com a gente? As vezes acho que são outros
mundos, outros planos e através do sono entramos em contato
com eles, mas como é um contato muito superficial não podemos
ser atingidos e nem trazer coisas deles para a nossa realidade.
Estou pensando agora: Em qual cenário estarei submergida
quando dormir esta noite? O que farei?
Amanhã (caso eu tenha um sonho diferente) espero
contar mais detalhes e incrementar para ficar uma
história mais interessante também, afinal as vzs nos
lembramos apenas de alguns detalhes!

segunda-feira, 27 de julho de 2009


Assisti hoje "O menino de pijama listrado".É um filme muito bonito, a Alemanha nazista em plena segunda guerra mundial vista por uma criança inocente e confusa com tudo que estava acontecendo ao seu redor,ser ou não ser amigo de um judeu? quem eram os trabalhadores da "fazenda" e porque o uniforme listrado? quem eram aquelas pessoas? Lembra um pouco a 'traição' de amizade que aconteceu no "Caçador de pipas" em um momento do filme mas eu me surpreendi com o final. Que raiva que me deu daquele loirinho que foi mandado embora depois por ter escondido o fato de que seu pai não foi "fiel" com a pátria (é, eu realmente não lembro o nome dele!), todo maldoso e covarde, claro, pois na hora que estavam jantando e o assunto não ficou bom pro lado dele,ele logo arrumou uma desculpa pra sair da mesa, derrubando seu copo de vinho na toalha,de maneira q parecesse q foi o judeu Pavel, que acabou levando uma surra em seguida.
Me lembrei do menininho do filme "A vida é Bela": quando o Bruno faz um comentário inocente a respeito do judeu Pavel, ele realmente acreditou que o homem largou a medicina para descascar batatas jajaja Igual quando o menininho da Vida é Bela acredita que os pontos dos quais os judeus estavam comentando (que eram pontos das feridas) eram pontos que eles estavam fazendo no "jogo" como seu pai havia dito.
Adorei o filme em vários aspectos. Enfim, tem vários trechos do filme que são marcantes, tanto para se emocionar como para ficar indignado. Recomendo!