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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Soleil a dit: Allons-y!


Hoje enquanto eu esperava a consulta numa pracinha, uma joaninha surgiu,
pousou quietinha sobre minha bolsa amarela. Tão vermelhinha,
gostei do contraste. Eu já disse bem clarinho a importância que
eu dou pra essas coisas do cotidiano, não? Pois então, esqueci
de pegar a câmera na faculdade, perdi de fotografar isso,
tão simples, mas me deixou tão feliz.
"Ela ficou feliz por causa de uma joaninha?", é que eu estava
me sentindo tão sozinha, que não poderia haver companhia
mais adequada pr'aquele momento, ela foi silenciosa
me fez sorrir, e de quebra me deu umas ideias.
Eu não queria nem conversar, estou enjoada da minha voz,
e falar o que me machuca a mente é algo que não combina
com uma manhã de sol. Mas joaninhas combinam com manhãs
de sol, borboletas, libélulas, enfim. Todas cores e sorrisos,
sorriso que me faltava demasiado, e encontrei dessa maneira.
Ainda agora estou buscando, pois o sorriso daquela hora
já se esvaiu, e por quê? Eu não quero mais andar por
essa cidade, eu não tomei essa decisão sozinha,
pelo menos não sinto como se fosse assim.
Tenho reações variadas demais pra uma pessoa só,
acredito na influência de outros planos, e não é só isso,
é como se ao mesmo tempo que eu estivesse aqui,
eu estivesse lá também. Complexo, nem eu entendo,
mas às vezes as coisas se misturam de uma forma,
que só pode ser essa a resposta. Ou pelo menos é nisso
que eu acredito pra tentar justificar as coisas que eu não
entendo, ninguém entende .
Mas tem outras que eu não entendo também,
que considero até mais agonizantes.
Meus pensamentos vão além de mim, sempre,
por isso me sinto como eu estivesse correndo sem
parar, embora eu não saia do lugar. Acho
que minha mente está me suplicando de alguma forma,
mas me sinto pesada demais pra me mover,
antes eu tivesse a leveza de uma joaninha.
Boa tarde :)

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