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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Confusão febril.

Dor incomoda , percorre toda extensão do meu corpo, extingue meus
sorrisos e prolonga minhas horas.
Por quê dessa maneira? Mais uma vez eu fui além do meu limite
humano. Ouço o barulho de algo estrondos,bem atrás de mim,
acabaram de pregar um cartaz, mas não estão anunciando
minha morte, lenta.
Agora eu como uma bala, no lugar do doce a decepção,
consistência duvidosa e cores mortas.
Tremo, mas não há frio, pelo contrário, está insuportavelmente
quente.
Novamente a solidão, frustração no meio de lugares lotados
onde as pessoas sequer fazem diferença.
Agora, trovoadas? O céu deve ter sentido minhas mágoas,
grandes feridas que se abriram com as gotas desses
momentos ácidos.
Chuva ácida, direto em minha pele, me machuca, e então como se não
bastasse, vai embora e faz surgir o sol, que faz queimar
ainda mais.
Quero um abraço, um laço de cetim cintilante, que me envolva e me
faça sentir protegida, por quê o cetim? eu acho bonito, eu acho único
e coisas únicas me injetam sensações positivas.
Me sinto quente, olhos febris e neblinosos, minhas lágrimas mal
chegam as bochechas, pois evaporam, até eu estou prestes a evaporar.
Se caso meus sentimentos sumirem, irei parecer um vegetal,
não há mais essência. Tossir também dói e quando respirar
estiver me causando dor, me despedirei sem sorrir.
Pronto, perdi o direito de respirar, não sou nem humana assim,
mal existo. E não entendo como essas palavras foram concebidas,
fico com vontade de misturar milhões de ideias, uma receita
desordenada, doente e até mesmo inútil.
Que maldita diferença faz tudo isso?
A dor entorpece, e se caso ela tivesse uma cor, qual seria?
Não faz mais sentido o que escrevo, perdi a cadência,
é como se eu estivesse numa descida desenfreada, rumo ao
nada. Bom dia.

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