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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Confusão igual e diferente de segundas-feiras imaginárias.

Meses de mistério para isso, gosto de lichia enquanto eu assisto a vida passar
do apartamento dos seus olhos sempre tão distantes e invisíveis.
Eu estou em tantos lugares que me esqueci
deste detalhe, enquanto você passava.
Claro, foi sempre minha culpa. Estava correndo por aí, esperando por isso,
esperando por tudo e até agora esperando para a porta abrir e finalmente
você sorrir dizendo que me encontrou, sendo que na verdade
eu sinto o contrário. Mas nunca te vi, distraída e até mesmo inconsequente.
Eu derrubei o pote de vidros no chão, embora espalhem por aí
que eu fiz de propósito,
Tudo bem, isso faz muito tempo. Eu sempre pensei que fosse mentira,
apesar de sempre tentar decifrar todos os sinais, como pegadas pr'um
mundo que a muito tempo busquei. Sim, é o coringa da ilha distante.
Eu ainda sou humana, mas anseio me tornar parte deste baralho,
que a ilha exploda, que a terre ceda, mas que ele não se despedace
diante de mim, como tudo que achei ter criado.
A flor do jardim mais alto me impede de ver a lua, a luz, eu não posso
escalar, eu devo ficar no abismo, eu devo me esconder? eu devo fugir
antes que aconteça o pior. Melhor deixar tudo cinza enquanto eu ainda
consigo respirar.
Levou tanto tempo, todo tempo do mundo. E eu vou contar simplesmente,
porque não gosto de esconder os fatos:
Ela se apaixonou por ter comido as cerejas que ele deixou pelo caminho,
ela só estava com fome, nem sabia o que iria encontrar, até que
se encontrou sob seus pés. Ele havia planejado tudo? Infelizmente,
a última estava envenada, ela não podia ter ido tão longe.
Pronto. Ela acordou, e agora não sabe o que fazer. Me ligou aflita,
e me falou durante três horas e três minutos sobre seus medos.
Eu fiz o melhor que eu pude e horas depois soube que ela pulou
do último andar do prédio em que vocês não se viram pela
primeira vez.

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