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segunda-feira, 12 de julho de 2010

C'est ça!

E toda manhã, ou quase toda eu penso na música do Chico Buarque, mudando o horário,
mas a conclusão é a mesma: Todo dia eu faco tudo sempre igual, me sacudo as 7 horas da manhã! - Enfim, é bem assim mesmo, o Frank que o diga.
Logo de manhã, desbravamos as neblinas e desviamos de imensos dinossauros a motor,
desde os carnívoros até os herbívoros de apenas duas rodas.
Isso é sempre. Ainda não arriscamos outro caminho, ainda, mas breve
com certeza tentaremos algo, quanto o tempo for esparso o suficiente pra isso,
afinal antes de tudo tenho o compromisso de apoiar o dedo e aperta-lo no
identificador de digital exatamente as 8:00 da manhã a não ser que eu morra
ou seja abduzida.
Depois disso divido as seis horas em duas de três, e assim vai e vai, durante o dia eu faco tantos comentários aleatórios e gostaria muito de escrever todos, como se fosse uma eterna narracão sobre eu mesma.
Quem disse que peixe não gosta de rede? Eu como pisciana adoro uma rede semântica, fazer eternas associacões ligar o mundo todo ao que faz sentido pra mim, ou mesmo aquilo que não faz muito sentido na prática, realidade, vida desumana, mas ao mesmo me faz raciocionar e unir várias coisas interessantes que desembocam num só mar. Tanto mar. Acredite, eu posso inundar vários textos, cheios das associacões, quem sabe não farão sentido, mas pra mim, o que importa é que elas nadam.
Bem, quando eu penso que encontrei algum tempo pra escrever algo mais demorado,
como se eu apreciasse um capuccino com alpino derretido no fundo, mas não, me sinto esmagada pela hora que a cada segundo me lembra que é um segundo a mais de sono sem um piscar de olhos diante dos números, sim, números infinitos.
Mas me diz: Você acha que estou reclamando? - Não diga que acha, pois isso pra mim
é na verdade maravilhoso, pelo único fato de ser a única vez que vou viver cada
instante desse, faco inclusive apologia a menos sono, mas ao mesmo tempo a mais sonho, e enquanto isso se contradiz aqui nos ponteiros do relógio, eu conto é as horas pro outro dia chegar e tudo comecar de novo e de novo. Boa noite.




Fato: Este texto é meramente pessoal. Mescla ilusão com percepcões diárias de quem
no momento, breve e único está com sono.

Um comentário:

  1. Gostei muito, penso que você tem aprimorado seu talento. Gostei de como me parece fluído, pela maneira como associa as idéias, assim como discute no texto. Gosto também de como fala do trivial.

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