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domingo, 11 de julho de 2010

Parachuva,paraline.

Só era mais um maço de papel que ia pro lixo, em vão e frustrado por não ter concluído seu único propósito pelo qual existia até o dado momento: ser lido.
Mas quando decidiu ligar sabia que de fato seria melhor, ela entenderia bem sua confusão, aquela que jamais poderia ser expressa naquelas dezenas de maços.
Matilda esperava a cada chamada, seu coração palpitava apreensiva com medo de não ser atendida. Mas sim, logo Allen atendeu e puderam iniciar toda uma discussão, um desabafo, ou sei lá o nome que isso poderia ter, e se mesmo iriam chegar a algum consenso ou atitude diante dos fatos que se desenrolavam e destruíam lentamente sua descolorida vida.
Algumas coisas não iam mudar nem com o passar de mil anos e por isso elas ainda se entendiam tão bem, mesmo quando o silêncio pairava por longos minutos, ainda assim Matilda se sentia imensamente acolhida, embora estivesse há muito tanto contemplando tamanha solidão, mas não naquele momento. Só me entenda assim, sem dizer nada, que eu sempre saberei que está é a forma concreta do entendimento. Feche os olhos para que possamos realmente ver, pois a cegueira humana é inútil diante das cores de dentro da nossa mente. Era só assim para se encontrarem já que eram milhas e milhas
separando a carne humana, de abraços e risadas que só as melhores amigas do mundo poderiam dar.


(...) continua

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